
O futebol brasileiro começa a ampliar sua presença internacional com a transmissão de jogos da Série A em diversos países, mas com uma ausência notável. Os 19 clubes da primeira divisão terão suas partidas como mandantes exibidas no exterior, enquanto o Flamengo segue um caminho diferente.
O acordo foi fechado pela empresa 1190 Sports, que adquiriu os direitos internacionais de transmissão dos clubes, mas não do time carioca. A escolha do Flamengo foi manter a negociação de forma independente, utilizando sua própria plataforma para buscar acordos diretos. Na prática, o clube poderá exibir apenas os confrontos em que joga em casa por causa da Lei do Mandante.
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A estratégia foi tentar ganhar dinheiro sem intermediários com assinatura direta. Para isso, o time investiu pesado na formação de uma equipe com narradores e comentaristas que, até então, estavam em canais esportivos. Não há nenhum tipo de dado sobre o sucesso dessa ação até aqui.
As transmissões dos outros 19 times contemplarão países da Europa, como Inglaterra, Irlanda, Portugal, Espanha, Ucrânia, Alemanha, Áustria, Suíça, Turquia, além de mercados menores como Bósnia Herzegovina, Croácia, Montenegro, Macedônia do Norte, Sérvia, Kosovo e Eslovênia. Também haverá espaço no Oriente Médio, com Israel, e na América do Sul, com Chile, Peru e Equador.
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As condições do contrato variam de acordo com cada território. Em alguns locais a validade é de dois anos, em outros é de três. O número de partidas exibidas ao vivo também não é uniforme, mas em todas as situações as emissoras poderão mostrar melhores momentos ou reprises em VT.
Os valores envolvidos não trazem impacto significativo para os cofres dos clubes. O foco é estratégico: ampliar a visibilidade das marcas brasileiras em diferentes mercados e, assim, ganhar força para futuras negociações. A expectativa é de que essa presença no exterior abra espaço para contratos mais relevantes nos próximos ciclos de direitos.
Outro ponto destacado é o aspecto político. O acordo representa um raro momento de aproximação entre clubes que hoje estão divididos em dois blocos distintos no Brasil.
Libra e LFU comercializaram de maneira separada os direitos de transmissão no território nacional, que foram adquiridos por Globo, Record, YouTube e Amazon. Ainda assim, ambas as ligas aceitaram se unir nesta frente internacional.
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A ausência do Flamengo chama atenção justamente pelo peso do clube no mercado. Ao optar por uma estratégia própria, o time reforça sua busca por independência comercial e se distancia de uma iniciativa coletiva que busca fortalecer o futebol brasileiro como um todo. Até mesmo no âmbito nacional o rubro-negro tem contestado o acordo que está em vigor.
Resta agora observar se a aposta isolada dará mais retorno financeiro ou se o engajamento conjunto dos demais 19 times trará frutos mais consistentes no futuro.
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