Acumular um patrimônio de R$ 10 mil em apenas um ano pode ser uma meta difícil para muitos brasileiros. No entanto, além do bom planejamento, o investidor tem como aliada uma taxa de juros alta atualmente, o que permite ganhos relevantes mesmo em aplicações de baixo risco e beneficia quem consegue poupar.
Segundo Antônio Sanches, analista de research da Rico, há quatro fatores importantes na construção de uma meta: motivação, especificidade, planejamento e automatização. “Quando você tem uma meta com essas características, ela tem uma probabilidade muito mais alta de ser cumprida”, diz.
Como e onde investir para juntar R$ 10 mil?
Mas, antes de entender os quatro pontos citados pelo especialista, é importante saber, na prática, quanto é preciso investir para juntar R$ 10 mil em um ano. Para objetivos de curto prazo, com data marcada para o uso do dinheiro, os instrumentos de renda fixa são os mais indicados pelos especialistas.
Com os juros básicos altos, em 15% ao ano, os ativos pós-fixados, que têm a remuneração atrelada à Selic ou ao CDI, ganham destaque nas indicações dos analistas. Isto porque eles são mais seguros do que aplicações atreladas ao IPCA ou prefixadas e ainda oferecem alto rendimento no curto prazo.
Sanches calculou os aportes mensais necessários para juntar R$ 10 mil nos principais instrumentos de renda fixa; confira:
| Instrumento | Aportes mensais necessários para juntar R$ 10 mil em um ano |
| Tesouro Selic | R$ 789,64 |
| CDB 105% do CDI | R$ 789,60 |
| LCI/LCA 90% do CDI | R$ 772,39 |
É importante destacar que a simulação considera a Selic em 15%, mas o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) se reúne a cada 45 dias para decidir sobre a taxa básica de juros. Atualmente, o mercado espera um ciclo de corte de juros a partir do início de 2026, o que levará a Selic a 12,50% no fim do ano. No entanto, mesmo com a confirmação da queda, o investimento em isentos de 90% do CDI ainda seriam melhores, segundo Sanches.
Como aumentar as chances de alcançar a meta
De volta aos fatores que aumentam as chances de conclusão de um objetivo, Antônio Sanches começa citando a motivação. “É você saber o motivo de querer cumprir aquela meta para que, principalmente nos momentos mais difíceis da execução do planejamento, saiba priorizar o que é mais importante”.
Depois, vem a especificidade, que fala sobre os detalhes da meta. Se o objetivo é acumular R$ 10 mil em um ano, um objetivo vago, como guardar mais dinheiro, não ajudaria o investidor a avaliar o andamento e cumprimento da meta. Portanto, quanto mais específica é a meta, maior a chance de alcançá-la.
Depois de definir os detalhes do objetivo, o planejamento entra em cena. É aqui que o investidor vai entender se tem condições de alcançar a meta no prazo determinado ou se vai precisar fazer ajustes nos gastos e receitas mensais, por exemplo. Nessa etapa, também há a definição do instrumento escolhido para investir os aportes mensais.
Por último, a automatização vai ajudar o investidor a remover obstáculos na busca de seus objetivos. Para quem quer juntar R$ 10 mil em um ano, programar um Pix com o valor mensal a ser investido logo após receber o salário é um exemplo de automatização: “você já planejou e já entende quanto consegue guardar por mês com tranquilidade, sem comprometer suas contas iniciais, para fazer um aporte na sua conta de investimento”, conclui o analista da Rico.
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