Mesmo com o Ibovespa operando perto das máximas, os especialistas seguem confiantes com a Bolsa no curto prazo. Nesse cenário, apesar das valorizações recentes, ainda há papéis considerados descontados pelas corretoras, que recomendam tanto ações defensivas como papéis de setores considerados cíclicos para investir em outubro.
A conclusão vem de compilado feito mensalmente pelo InfoMoney com as carteiras recomendadas das principais corretoras do País. Para este mês, a ação do Itaú (ITUB4) segue como a mais indicada. A lista está mais enxuta na comparação com setembro, quando seis ações empataram na quinta colocação. Cyrela (CYRE3), Prio (PRIO3), Smart Fit (SMFT3) e Weg (WEGE3) deixaram a carteira.
Veja a lista das ações mais recomendadas para investir em outubro, seus retornos mensais e o que fez os especialistas as indicarem:
| Ação | Nº de recomendações | Retorno em setembro |
| Itaú Unibanco (ITUB4) | 6 | 1,55% |
| Direcional (DIRR3) | 5 | 4,66% |
| Vale (VALE3) | 5 | 3,64% |
| Rede D`Or (RDOR3) | 4 | 7,49% |
| BTG Pactual (BPAC11) | 4 | 7,58% |
| Petrobras (PETR4) | 4 | 1,16% |
Itaú (ITUB4)
A XP destaca o resultado “sólido e consistente” do banco no segundo trimestre para justificar o aumento de peso do papel em sua carteira Top Ações XP. Para os estrategistas, o Itaú segue “bem posicionado para manter ROEs (Retorno Sobre Patrimônio) acima dos pares e do seu custo de capital, o que explica, em parte, o valuation mais elevado”.
Direcional (DIRR3)
Os analistas da Ágora Investimentos esperam um reavaliação do papel nos próximos meses, impulsionada principalmente por fatores macroeconômicos, sobretudo por meio de juros. “Além da qualidade operacional reconhecida, a Direcional apresenta em sua tese um atrativo potencial de dividendos”. A corretora espera retorno com dividendos de dois dígitos para o papel, o que “oferece uma interessante combinação de carrego em um setor que tipicamente se beneficia de um ciclo de afrouxamento monetário”.
Vale (VALE3)
A ação da mineradora também ganhou mais peso na carteira Top Ações XP. Para os especialistas da casa, o papel será impulsionado pelas expectativas de um mercado de minério de ferro equilibrado e que suporta preços mais altos no curto prazo, além de melhora no desempenho operacional da Vale em metais básicos.
Rede D’Or (RDOR3)
O BTG Pactual destaca a geração de caixa, expansão orgânica e melhora das margens hospitalares e sinistralidade da companhia para justificar a recomendação. Apesar de alta superior a 60% no ano, o preço-alvo do banco para o papel prevê negociação a um preço/lucro de 20x, enquanto o múltiplo atual é de 16x.
BTG Pactual (BPAC11)
Com o ciclo de afrouxamento monetário no radar, a ação do BTG deve passar por correção positiva, tendo em vista que o cenário favorece a atividade de mercado de capitais, gestão de patrimônio e performance de ativos, segundo a Ágora. Com “múltiplos atrativos, o papel está bem posicionado para capturar a retomada do apetite por risco em um ambiente de juros mais baixos”, escreve a corretora, em relatório.
Petrobras (PETR4)
A Ágora reconhece que a volatilidade do petróleo deve permanecer elevada e que a aceleração de investimentos da estatal pode limitar o espaço para pagamento de dividendos. Porém, avalia que as expectativas pelo aumento de produção ao longo dos próximos anos e valuation “atrativo” da ação “ainda deixam a tese de investimentos da Petrobras interessante”.
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