Na última sexta-feira (5), mais de 47 mil torcedores foram ao estádio do Corinthians, em São Paulo, para acompanhar o confronto entre Los Angeles Chargers e Kansas City Chiefs pela NFL. Foi o segundo jogo da temporada 2025/2026 da liga dos EUA de futebol americano, que tem 32 times disputando duas vagas para o Super Bowl LX, em fevereiro. Chegar lá não é fácil para as equipes e muito menos para os fãs brasileiros, que precisam desembolsar uma bolada para realizar o sonho de ir ao megaevento.
O Super Bowl é a final da NFL e um dos eventos esportivos mais assistidos do planeta. Além das receitas milionárias com publicidade, a liga movimenta cifras relevantes com o valor cobrado pelos ingressos. No próximo dia 8 de fevereiro, o Levi’s Stadium, em Santa Clara, na Califórnia, vai receber o evento, que tem Taylor Swift como mais cotada para o tradicional show do intervalo.
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No entanto, realizar o sonho de assistir ao megaevento in loco pode ser uma tarefa desafiadora no aspecto financeiro. Considerando os preços dos anos anteriores e o dólar a R$ 5,50, os ingressos podem variar entre R$ 35.706 e R$ 310.300.
Maria Giulia Figueiredo, analista de research da Rico, calcula que uma viagem de cinco dias para acompanhar o Super Bowl custa aproximadamente R$ 44.781 por pessoa, considerando gastos com hospedagem, alimentação, transporte local, ingresso e souvenirs. O custo com passagens aéreas, que tem grande margem de variação conforme data e companhia aérea, não foi considerado.
Simulação
Como o próximo Super Bowl já está próximo, Figueiredo simulou os aportes necessários para acumular os R$ 44,7 mil em 30 meses, o que permitiria ao investidor se preparar para cobrir os custos da viagem para a final da temporada 2027/2028. Com a rentabilidade atual da taxa básica de juros – 15% ao ano, ou 1,17% ao mês –, seriam necessários aportes mensais de R$ 1.300 para juntar o dinheiro da viagem.
Nesse caso, o investidor teria aportado R$ 39 mil, acumulando rendimento líquido de R$ 6.586,96. No total, teria R$ 45.586,96 ao fim dos 30 meses.
Figueiredo pondera que o cálculo considera um dólar a R$ 5,50, mas é essencial acompanhar a variação cambial durante o tempo de investimento. “Mudanças no câmbio podem impactar diretamente o custo da viagem — e, em alguns casos, representar uma excelente oportunidade para comprar dólares a um preço mais baixo, reduzindo os gastos totais”.
A especialista também destaca que os juros de 15% ao ano podem mudar conforme as decisões do Banco Central na condução da política monetária brasileira e que também é fundamental acompanhar as mudanças na Selic, a taxa básica de juros do Brasil, para tomar decisões mais assertivas nos investimentos.
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Quem vai correr para cumprir o objetivo no curto prazo precisa priorizar a liquidez, que entregam facilidade de resgate, recomenda a analista da Rico: “exemplos de investimentos com esse perfil incluem o Tesouro Selic, fundos de investimento DI e CDBs de liquidez diária emitidos por bancos sólidos”.
Para quem precisa de mais tempo para acumular os R$ 44,7 mil e vai se preparar para edições mais longínquas do Super Bowl, Maria Giulia Figueiredo também usou rendimentos atrelados à inflação para calcular os aportes mensais necessários. Em 36 meses, R$ 1.125,78 mensais a IPCA +7,78% são suficientes para alcançar o objetivo. Já em 60 meses, os aportes caem para R$ 631,38.
Nesse tipo de investimento, com um prazo para uso do dinheiro, a probabilidade também é importante. Por isso, Figueiredo recomenda alocações em instrumentos de renda fixa: “o investimento em renda variável pode ser bastante rentável no longo prazo, mas muito imprevisível no curto”.
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