9 ações que especialistas consideram baratas, mesmo com Ibovespa perto das máximas 

Bolsa pregão def Ibovespa


Nem o recente rali que levou o Ibovespa ao nível recorde de 146.491 pontos no fechamento da quarta-feira (24) foi capaz de afastar especialistas da avaliação de que a Bolsa brasileira segue barata. Quem defende essa visão argumenta que as ações locais estão muito descontadas e que os múltiplos atuais continuam abaixo da média histórica, o que abre espaço para ainda mais valorização do mercado acionário.

“Até agora, a alta foi sustentada principalmente pelo fluxo e pela melhora do humor dos investidores, o que não significa que o potencial de valorização tenha se esgotado”, avalia Régis Chinchila, analista da Terra Investimentos. Ele sustenta seu argumento pontuando que o Ibovespa opera com Preço/Lucro (P/L) abaixo da média histórica, de 10,9x. 

Lucas Sigu Souza, sócio-fundador da Ciano Investimentos, lembra que poucas ações concentram peso significativo na carteira teórica do Ibovespa – as cinco ações mais relevantes para o índice (VALE3, ITUB4, PETR3, PETR4 e BBAS3) têm, juntas, mais de 30% de participação. “Ainda existem outras 60 a 80 empresas que representam pouco do índice e que ainda não subiram como poderiam”, diz o especialista. 

Então, já que a Bolsa está barata, qualquer ação de menor porte negociada na B3 tem grande potencial de valorização, alguns podem concluir. No entanto, há papéis e setores que já atingiram um preço justo ou até podem ser considerados caros.  O InfoMoney ouviu quatro analistas, que apontaram nove ações que ainda consideram baratas atualmente; confira a lista: 

Movida (MOVI3)

“Acreditamos na empresa e no setor”, diz Souza. “Também acreditamos que a dívida está saudável dado o lucro operacional e fluxo de caixa dela; por isso, entendemos que tem bom potencial de recuperação”. 

Petz (PETZ3)

“Dá para dizer o mesmo (em relação à Movida), complementando que há um valor a ser desbloqueado se o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) liberar a fusão com a Cobasi. Porém, independentemente disso, acreditamos que a criação de pets só tende a aumentar e impulsionar a demanda de serviços e produtos”, avalia o sócio-fundador da Ciano Investimentos. 

B3 (B3SA3)

Aqui, Souza diz que a avaliação é “bem trivial”, por se tratar de uma empresa de margem “excepcional” e que cresce conforme a Bolsa avança: “acreditamos na tese micro e macroeconômica do negócio”. 

Suzano (SUZB3)

Na avaliação de Chinchila, da Terra Investimentos, a empresa se beneficia da recuperação dos preços globais da celulose e da desvalorização do real, fatores que fortalecem sua receita. Ele argumenta que o Projeto Cerrado deve ampliar a capacidade da companhia com custos competitivos, reforçando sua posição no setor. “Além disso, parte da desconfiança já está refletida no preço, o que abre espaço para valorização se o ciclo da celulose se confirmar positivo”, diz o especialista.

Minerva (BEEF3)

“Com forte presença nas exportações de carne bovina, a companhia se posiciona bem para capturar margens maiores em mercados externos e no eventual aumento do consumo global de proteína animal. O papel ainda carrega desconto frente ao potencial, embora esteja sujeito a riscos como custos de insumos, volatilidade cambial e questões sanitárias ou regulatórias”, avalia Chinchila. 

Petrobras (PETR4)

A estatal é negociada a um Preço/Lucro (P/L) de 5,42x atualmente, o que Chinchila considera “atrativo para uma empresa de seu porte e geração de caixa”. Para ele, o plano de distribuição de dividendos bilionários em 2026 reforça o potencial de valorização do papel, que tem na oscilação dos preços do petróleo, políticas de preços de combustíveis e eventuais intervenções do Governo seus principais riscos. 

Bradesco (BBDC4

A ação é citada por Thiago Costa Azevedo, sócio-fundador da Guardian Capital, como um dos papéis que ainda tem potencial de alta. O banco é negociado com uma P/L de cerca de 8,98x, abaixo de seu concorrente Itaú (ITUB4). 

Eztec (EZTC3)

Azevedo espera que o setor de construção civil ainda se beneficie da expectativa de queda de juros. Sua escolha no setor é a Eztec, incorporadora que foca em empreendimentos de médio e alto padrão e é negociada a um P/L de cerca de 7,30x. 

Blau Farmacêutica (BLAU3)

A ação da companhia é uma das que mais deve subir no médio prazo, espera Yuhzô Breyer, gestor de renda variável da Trígono Capital. Ele avalia que a companhia “se reinventou” após perda relevante do valor de mercado desde o IPO: “abriram várias frentes de produtos e diminuíram a dependência de licitações públicas”, avalia o especialista. Breyer acredita que a receita da companhia pode dobrar a partir de 2028, quando “muitos projetos transformadores” devem ser entregues. 

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